A Radiologia Brasileira sempre foi considerada pelos colegas como uma das especialidades mais bem organizadas. O nível de articulação da Radiologia junto à entidades maiores como a Associação Médica Brasileira , o Conselho Federal de Medicina , dentre outras atesta essa característica. O destaque inclusive pessoal de alguns radiologistas, como é o caso do Professor Giovanni Cerri que é Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, também é emblemático no sentido de demonstrar a força da especialidade. Até mesmo o propalado poder econômico dos radiologistas que se organizam em laboratórios cada vez mais sofisticados e se aventuram na aquisição de equipamentos caríssimos reforça essa aura.S oma-se também , dentre outras características demonstrativas do nível de articulação da Radiologia Brasileira a capacidade de integração e até mesmo a liderança que os representantes da especialidade têm obtido no seu relacionamento com as instituições internacionais.O Dr. Antonio Soares de São José do Rio Preto , por exemplo é o Presidente da Federação Internacional de Radiologia Pediátrica , e outros radiologistas pediátricos brasileiros têm cargos importantes nas instituições internacionais. A Radiologia Brasileira é muito bem vista pelas maiores Sociedades Internacionais , como por exemplo o RSNA – Radiological Society of North America - a maior delas – onde o próprio presidente eleito Dr. George Bizet vêm ao Brasil e proclama a importância dos radiologistas brasileiros no panorama internacional. É com esse pano de fundo que surge a informação de que um dos principais sustentáculos da especialidade a Revista da Radiologia Brasileira vêm enfrentando algumas dificuldades como, por exemplo, redução do numero de artigos encaminhados à revista ou dificuldade em que membros do Conselho Editorial revisem artigos científicos em avaliação. Com o objetivo de resolver esta questão o Professor Edson Marchiori que é o Editor da publicação divulgou um artigo no Boletim do CBR analisando o problema e destacando a importância desta revista no cenário nacional , particularmente no momento delicado pelo qual a Revista passa para obter indexação nos principais bancos interenacionais. Veja o artigo>>> A importância da Revista Radiologia Brasileira para a especialidade no país. Tenho visto com crescente preocupação o esvaziamento da revista Radiologia Brasileira, decorrente principalmente do afastamento de alguns expressivos colegas após as últimas eleições de Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Não me cabe discuti os motivos deste afastamento, mas gostaria de chamar a atenção para um dano colateral grave. Este esvaziamento está se refletindo, tanto na redução de artigos encaminhados para a revista, como pelas constantes recusas de revisores ou membros do Conselho Editorial em fazer a revisão dos artigos científicos em avaliação. A Radiologia do Brasil está ocupando cada vez mais o papel de indiscutível liderança na América Latina, conforme pode ser observado nos nossos principais eventos científicos, especialmente a jornada Paulista de radiologia (JPR). A vinda de professores internacionais expressivos, que inicialmente era vista por alguns deles como uma concessão, um ato de benemerência para o terceiro mundo, passou a ser considerado como uma honraria, que enriquece seus currículos. Isto só traz benefícios para todos nós, radiologistas do Brasil. Contudo, eu gostaria de ressaltar a importância da revista Radiologia Brasileira neste processo de valorização da nossa Radiologia. Enquanto os grandes eventos radiológicos nacionais são freqüentados por alguns milhares de médicos, o número de acessos à revista Radiologia Brasileira no período de um ano (junho de 2010 a maio de 2011) foi de 290.094 visitas, o equivalente a cerca de 60 vezes o numero de médicos participantes da última JPR! Este considerável número de acessos já acontece mesmo antes de estarmos indexados nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as últimas diretorias do CBR têm se empenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as ultima diretorias do CBR têm se emprenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação, o número de acessos, que corresponde basicamente ao número de médicos que consultam as nossas pesquisas, deverá crescer exponencialmente. O alto padrão cientifico atingido pela revista, ao longo dos 50 anos de sua existência, conseguido pelo esforço continuo dos editores que me precederam, com o apoio sem exceção das respectivas diretorias do CBR, não pode sofrer um retrocesso neste momento que estamos submetendo novamente a revista à avaliação pelos bancos internacionais (PubMed e ISI). Este retrocesso não terá volta. Tenho a pretensão de dizer que a importância da revista Radiologia Brasileira para a Radiologia do Brasil esta acima de qualquer um de nós, leitores, autores, editores e diretorias do CBR. Peço a este mundo de amigos que tenho na Radiologia de todo país que reflitam sobre isso e, se concordarem com estas idéias, por favor, venham nos ajudar a preservar este patrimônio de todos nós, construído por tantas pessoas ao longo de tantos anos. Por: Dr. Edson Marchiori Editor da revista Radiologia Brasileira |
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terça-feira, 19 de julho de 2011
O que está acontecendo com a Radiologia Brasileira?
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